Cineclube

O momento atual, para o cineclubismo, apresenta duas vertentes muito importantes e contraditórias. A todo momento, e praticamente em todo o País, surgem novos grupos trabalhando com o público e com o cinema – é preciso esclarecer que não importa o suporte? – com a maior disposição e também com muita criatividade, como evidenciaram algumas histórias contadas na Jornada de cineclubes realizada no final de 2003 em Brasília (14 anos depois da anterior!). Por outro lado, os ventos frios do fundamentalismo econômico e do unilateralismo político, soprando sobre o refluxo das utopias, disseminam o descrédito na experiência das lutas populares. Geram uma desconfiança com relação à organização e a defesa irascível do espontaneísmo. Ou pior, a reprodução acrítica ou simplesmente pusilânime dos modelos comerciais. Por isso esta seção é dedicada a debater e aprofundar o conceito de cineclube, para mostrar que cineclube é preciso, é preciso cineclube. Mas para quê mesmo? O que é, enfim, cineclube? Quais são seus objetivos? Qual é o objeto do seu trabalho? A sua relação com o cinema? E com o público? E com outras formas de trabalho cultural, com outras linguagens? Por quê e de que formas ele pode se organizar?

O que é cineclube
Hegemonia e Cineclube
Apropriação indébita
Matou o cineclube e foi ao cinema